
Desenvolvedora: Rocksteady
Produtora: EIDOS
Data de lançamento: 25 de Agosto de 2009
Versão testada: Playstation 3
Reviewer: Jonathas Medeiros
Batman: Arkham Asylum
Batman Arkham Asylum é um jogo de ação/aventura, stealth e beat ‘em up, lançado em 2009 pela finada EIDOS (adquirida pela Square Enix) e desenvolvido pela Rocksteady Games. O game conta a história de Bruce Wayne (REALLY?!) o jovem herdeiro bilionário (porque milionário é muito “ano passado”) que se tornou órfão aos 8 anos de idade, ao ter os pais assassinados por um criminoso. Depois deste incidente, decide vestir-se de um de seus medos psicológicos para aterrorizar os bandidos (após muitos anos de muito treino e estudos) e se tornar o protetor da cidade de Gotham City: O Batman.
Neste episódio da saga do patrão Bruce, ele já está experiente e tem muitos anos de carreira na capa do morcego e um de seus maiores inimigos, o palhaço príncipe do crime, Coringa, se entrega muito facilmente após mais um de seus ataques. Como de costume, Batman o leva para sofrer tratamento intensivo no Asilo Arkham para criminosos insanos. Mal sabe o homem morcego (ainda que suspeite) que uma emboscada o espera. E logo no começo do jogo, nos vemos literalmente na mão do palhaço e só Deus sabe o que ele realmente planeja. Sem mais delongas, vamos ao jogo.
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Como já foi dito, AA é um jogo que combina elementos de stealth e beat ‘em up. O que quer dizer que podemos pegar os capangas do Coringa de todas as formas “batmísticas” possíveis seja sem ninguém ver ou partindo pra cima dos capangas. A jogabilidade implementa ótimos elementos de stealth, te fazendo montar diferentes estratégias utilizando o cenário e os “bat-gadgets” como armas. O sistema de lutas conhecido como “free flow combat” é excelente e consiste basicamente em timing e precisão com o mesmo. Você utiliza em base dois botões: Um para contra-golpear e outro para golpear.
Funciona excelentemente bem e a movimentação do homem morcego é simplesmente incrível, mostrando todos os seus atributos ninja e marciais! Claro que além destes comandos básicos também podemos tontear os oponentes com a capa e esquivar-se para abrir espaço (muitos inimigos ao mesmo tempo em um lugar bem fechado, pode ser um problema). Neste jogo, temos diversos “bat-gadgets”, como já ditos anteriormente. Carregados no famoso cinto de utilidades contamos como clássicos como a Bat-garra e o Bat-rangue. Salvo também o disparador de Gel explosivo e o incrível Sequenciador Criptográfico, que nos permite hackear computadores e portas.
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Mas a verdadeira estrela do game é o modo detetive. O modo detetive é basicamente tudo o que qualquer pessoa neste mundo mais poderia gostar de ser: Ser o Batman. O modo consiste basicamente em um escaneamento completo do ambiente em que você está, mostrando trilhas de DNA, inimigo por através das paredes (desta forma você pode montar a melhor estratégia possível para pegar todos eles) assim como sua condição emocional e física.
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Os gráficos são apenas competentes. A modelagem dos personagens e cenários são extremamente detalhados e bem bonitos de se verem. Contudo, o jogo é munido da conhecida por literalmente quase todas as desenvolvedoras, Unreal Engine 3. O que o deixa com um aspecto gráfico muito comum (ainda que bonito). Expressões exageradas e a arte gótica e grotesca de tudo no jogo colaboram com a atmosfera sombria do mundo do homem morcego e trazem a tona o clima de thriller policial, com uma pitada de terror e suspense com aquela dose pesada de porrada e violência não explicita.
Apesar do jogo não atirar em cima de você cenas de violência escandalosas, ele conta com uma medição de clima adulto, sem deixando muito transparente o que está acontecendo e a gravidade do mesmo. Numa comparação distante, é bem parecido com o que Christopher Nolan havia feito com o morcegão no cinema.
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E o que dizer do som? Trilha sonora divina e dublagem extremamente excelente (Mark Hammil é com certeza o Coringa. Desculpem Nicholson e Ledger, mas nenhum dos senhores terá tamanha expressividade psicopática do palhaço como Luke Skywalker) contamos com Kevin Conroy, o Batman da série animada no papel principal! Os sons dos ossos quebrando, pancadas e todos os outros sound-effects do game são fantásticos e o game não falha em momento algum em passar a sonorização para o jogador.
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Batman Arkham Asylum é com certeza um marco para os jogos de super heróis, provando que nem tudo que é provido de quadrinhos para os jogos é ruim (e que na verdade pode ser na verdade excelente) e também um marco para a indústria dos jogos, já que muitos elementos deste são usados em outras franquias atualmente.
Dotado de uma história lotada de reviravoltas interessantes e personagens carismáticos, tanto para os fãs do morcego quanto para os leigos, Arkham Asylum é uma excelente pedida para aqueles que ainda não experimentaram esta legítima história do homem morcego. Bem vindos ao Hospício!
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Conclusão:
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Gráficos: 9.0
Jogabilidade: 9.0
Som: 10.0
Minha opinião pessoal: 9.0
Total: 9.2
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Pontos Positivos:
- O universo de Batman mostrado com fidelidade
- Todos os personagens são “personificações” perfeitas dos originais
- Jogabilidade genial
- Trama incrível
- Trilha sonora de tirar o folego
- Batman
- Bruce Wayne
- Eu já disse, Batman?
Pontos Negativos:
- Dificuldade pode não agradar os jogadores mais casuais.
- Raros bugs às vezes atrapalham a jogabilidade.
- Unreal Engine deixa o jogo com uma aspecto “manjado”.