Danganronpa: Academy of Hope and High School Students of Despair

 

Danganronpa: Academy of Hope and High School Students of Despair é um game do gênerovisual novel lançado originalmente no Japão em 2010 exclusivamente para PSP. Devido ao grande sucesso, o jogo foi lançado no ocidente em 2013 para o PSVITA, sob o nome de Danganronpa: Trigger Happy Havoc. Para quem nunca jogou uma visual novel, este título é extremamente recomendado, pois mostra bem a essência de um bom título do gênero.

 

Sendo este o ponto mais importante de games do estilo, começaremos pela história. O protagonista é Naegi Makoto, o mais novo estudante da Hope's Peak Academy, escola que diz formar os melhores alunos do país, as “esperanças” da nação. Makoto é um cara normal, sem nada de especial e sem singularidade alguma, como ele mesmo descreve em seu monólogo inicial. Logo no primeiro dia, ao entrar no portão, Makoto sente uma fraqueza repentina e desmaia logo em seguida. Ao acordar, ele está em uma sala de aula cujas janelas estão seladas. Saindo da sala, se depara com mais 14 estudantes, sendo que ninguém ali se conhece. De repente, um urso (?!) de pelúcia (ou seja lá do que for) aparece e diz,  que a partir de hoje, eles estão presos na escola. Para se safar, é simples: basta matar alguém e não ser descoberto durante o julgamento. E assim começa o jogo.

 

Se a história é a parte genial de uma visual novel – seu cérebro – a trilha sonora é o sentimento – seu coração. Composta por Masafumi Takada, a trilha é digna de elogios. Impossível não se sentir no momento. A tensão, a tranquilidade, o medo frente à morte são muito bem retratados e transferem o sentimento dos personagens diretamente ao jogador. O sentimento que mais vai se destacar é o desespero, que é o tema do game.  As falas só são dubladas em alguns momentos, e também não deixam a desejar.

 

Graficamente não há muito que avaliar, visto que a maioria dos componentes dos cenários é em sprite. Os elementos em 3D são cartoonizados e simples, mas não fazem feio. O character design é muito bom, com personagens muito bem desenhados. As CGs também são bem desenhadas e não ficam para trás.

 

Entretanto, o grande destaque de Danganronpa é seu gameplay. Após ocorrer um assassinato, o jogo entra no modo “investigação”, e o jogador deve vasculhar a cena do crime para procurar pistas sobre o assassino, conversar com os personagens para ouvir seus relatos, investigar lugares suspeitos, etc. Após um tempo de investigação, começa a corte para descobrir quem é o culpado. O debate funciona através de alguns mini games, que fazem seu personagem rebater alguma mentira, lembrar-se de detalhes-chave e até “quebrar as pernas” de alguém em alguma argumentação. Para ter sucesso no debate, o jogador deve escolher a hora certa de “jogar” algum relato ou pista, até poder acusar alguém. Após todas as provas terem sido apresentadas e a culpa quase atribuída, o jogador deve reconstruir o crime, em um jogo de completar quadros. O debate só pode durar dez minutos e se o culpado não for encontrado, é game over. Tudo no melhor estilo Phoenix Wright (OBJECTION!). Se sua acusação estiver correta, Monokuma, o juiz, vai declarar o réu culpado e o debate será encerrado.

 

Por fim, o jogador pode fazer amizade com os outros estudantes nos intervalos entre um crime e outro. Não influenciando na história, as amizades servem mais para relaxar o jogador e mantê-lo calmo para o próximo caso (ou deprimido...). Há uma máquina de presentes para dar aos outros personagens para ajudar a melhorar sua relação com eles.

 

 

  Repetindo, para quem nunca jogou uma visual novel, esse jogo é uma excelente opção. Com um suspense de primeira, história genial e gameplay empolgante. Matricule-se nessa “aventura” e prepare-se para o desespero dos seus anos dourados.

 

Conclusão:

 

Gráficos: 7.5

Jogabilidade: 9.0

Som: 10

Minha opinião: 9.5

 

Total: 9.0

 

Pontos Positivos:

- Trilha sonora

- Os debates são tensos e emocionantes

- História

- Monokuma

- Investigações

 

Pontos Negativos:

- Sistema de amizade fraco.

- Alguns personagens são um tanto genéricos