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Desenvolvedora: Ecole Software, French Bread
Produtora: Sega
Data de lançamento: 06 de Outubro de 2015
Versão testada: Playstation 3
Reviewer: Gabriel Quirino

Dengeki Bunko: Fighting Climax

 

Dengeki Bunko: Fighting Climax é um jogo de luta criado em comemoração aos 20 anos da marca Dengeki Bunko, famosa por publicar muitos Light Novels (“romances leves”: basicamente, romances escritos de forma simples e com uma leitura mais rápida) de grande sucesso comercial no Japão. Obras famosas, como: “A Certain Magical Index”, “ToraDora”, “The Irregular at Magic High School”, “Sword Art Online” e “Durarara” são exemplos de publicações pelo selo e que fizeram sucesso, também, em suas adaptações animadas. Originalmente, foi lançado para os arcades japoneses e, pouco depois, chegou ao PS3 e PS Vita. A sacada do game é juntar personagens dos universos das obras mais famosas da marca e os ver tretar. Maravilha, não?

               

Por ser exatamente um game comemorativo e que junta personagens de diferentes universos, certo conhecimento prévio das histórias é necessário para aproveitar 100% do game. Piadas internas, diálogos especiais entre personagens, cenários, referências. O jogo é puro fan-service. Portanto, é recomendável conhecer, pelo menos, metade dos personagens e seus universos para começar a aproveitar a jogatina. Se você estiver procurando um bom game de luta para entretê-lo por dias, talvez este não seja uma boa opção. Veremos o motivo mais adiante.

               

A história do game é bem rasa, sendo apenas uma justificativa para o cross-over. O mundo dos sonhos está em perigo. Zetsumu, o vilão, planeja acabar com os sonhos das pessoas e transformar tudo em desespero. Para impedir isso, Denshin, a princesa deste mundo dos sonhos (que por sinal está vestida de Dreamcast), invoca heróis dos mundos disponíveis para derrotar o vilão. Entretanto, Zetsumu não só os derrota como os absorve e pode se transformar neles, o que o deixa ainda mais forte. Com o pouco de força que ainda a resta, Denshin invoca o último herói disponível para colocar um fim àquela situação.

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O modo história é muito curto. O herói mencionado é o personagem que o jogador escolher, e a única mudança na narrativa são as falas do personagem e a forma de Zetsumu. As falas da princesa são exatamente as mesmas com todos os personagens. Depois de terminar o modo história de um, o único atrativo de terminar com outro sem pular os diálogos (que também são curtos) é ver as falas do personagem escolhido. Um ponto positivo é que os personagens fazem, direto, referências a outros de suas histórias.

   

Alternativamente ao modo história, há o divertido “Dream Duel”. Neste modo, o personagem escolhido deve derrotar outros seis pré-definidos, na ordem que o jogador preferir. A sacada aqui é que foram escolhidos seis personagens que teriam uma conversa “interessante” com o selecionado pelo jogador. Novamente, quem conhece pelo menos metade do elenco, vai se divertir com os Dream Duels. Exemplos de personagens que trocam ideias são: Aisaka Taiga e Shana, Misaka Mikoto e Himeragi Yukina, Kousaka Kirino e Shiba Miyuki (essa é boa), só pra citar algumas das mais engraçadas. Sem sombra de dúvidas, é mais divertido que o modo história. Entretanto, mesmo com a dificuldade mais elevada em relação ao modo história e os diálogos, esse modo também é bem curto e, sem perder muito tempo nas lutas, cerca de 20 minutos é o suficiente para concluir os Dream Duels de um personagem.

               

Outros modos de jogo são o Survival, Score-Attack e Time-Attack. No Survival, o jogador deve enfrentar vários inimigos consecutivos, em batalhas de um round, com a mesma barra de vida. Ou seja, a barra de vida não fica completa após a luta e enche somente uma porção mínima, só pra “te tirar do vermelho”. Os outros dois modos são basicamente a mesma coisa: terminar a sequencia de lutas com a maior pontuação (Score-Attack) ou com o menor tempo possível (Time-Attack). É possível batalhar online, porém, não há muitos jogadores disponíveis e o lag se fez presente em nossos testes, mas nada que atrapalhasse tanto a luta.

               

A mecânica de luta é bem simples, o que pode desagradar alguns jogadores mais hardcore. Os botões quadrado, triangulo e círculo são para os ataques: fraco, médio e forte, respectivamente, e o X chama o suporte. Há um sistema de auto-combo. Os poderes são acionados com as combinações de três botões. Cada personagem possui dois especiais, que são acionados numa sequencia de: direita, diagonal, baixo, diagonal, esquerda + triangulo e círculo; o outro especial é acionado com a mesma sequencia, porém com as direções invertidas. Também há os Trump Cards, que são um tipo de vantagem e podem ser ou um ataque muito forte ou uma buff para o personagem. Por exemplo: o Trump Card de Misaka é um ataque que machuca tanto quanto um especial; o de Kirito faz com que o personagem saque uma segunda espada temporariamente.

               

Os gráficos do jogo são bons, mas nada que salte aos olhos. Os cenários são em 3D e os personagens em 2D, com os clássicos “sprites”. As animações dos especiais são muito bem feitas e bem fiéis aos personagens.

               

A trilha sonora é boa. A música tema, “Belief”, cantada por Kawada Mami, é ótima e já te dá o feeling necessário para lutar. A abertura da versão dos arcades, “Fighting Climax”, cantada por Sonozaki Mie, também se faz presente e é possível alternar entre uma delas para tocar no ocasional terceiro round das lutas. Ainda na parte sonora, o jogo é todo dublado em japonês, sem opção para dublagem americana. Portanto, todas as vozes originais dos personagens em suas adaptações animadas estão presentes aqui, o que é uma dádiva aos fãs.

               

Ao terminar o modo história de algum personagem, se ganha dinheiro que pode ser gasto na seção “Special” do game. É possível ver replays salvos das lutas e ouvir as músicas que tocam no jogo. Porém, os destaques aqui são “Characters” e “Novels”. Em Novels, o jogador pode conferir as capas do primeiro volume de todas as obras que emprestam personagens para o game, além dos nomes do autor e ilustrador. As poses na tela de seleção de personagens são baseadas nestas capas. Já em Characters, e possível comprar ilustrações especiais dos personagens jogáveis e as amostras voz dos dubladores. Exclusivamente para os personagens jogáveis, é possível ler e ouvir uma mensagem de seus respectivos dubladores.

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De início, temos 12 personagens disponíveis para jogar e podemos desbloquear mais dois. É bem pouco se considerarmos que 19 obras emprestaram personagens para o game. A resposta deste dilema está nos personagens de suporte: são 21. É uma pena ver tantos personagens que dariam excelentes lutadores ficarem só de suporte, como Dokuro de Bludgeoning Angel Dokuro-chan, Enju de Black Bullet ou Maou Sadao de The Devil is A Part-Timer. São personagens jogáveis: Shana (Shakugan no Shana), Asuna, Kirito (ambos de Sword Art Online), Misaka Mikoto (A Certain Magical Index), Kousaka Kirino (OreImo), Heiwajima Shizuo (Durarara), Kuroyukihime (Accel World), Minato Tomoka (Ro-Kyu-Bu), Shiba Miyuki (The Irregular at Magic High School), Aisaka Taiga (ToraDora), Himeragi Yukina (Strike the Blood), Satomi Rentarou (Black Bullet), Akira (Virtua Fighter 5, personagem convidado) e Selvaria (Valkyria Chronicles, personagem convidada). E vale ressaltar que ao escolher um suporte do mesmo universo que seu lutador, uma fala especial antes da luta pode ocorrer; o lutador também chama o suporte pelo nome durante a luta. Por exemplo: ao escolher Heiwajima Shizuo com Orihara Izaya como suporte, Shizuo está para bater em Izaya antes da luta começar; escolher Shana e Wilhelmina faz com que Shana grite seu nome ao pressionar o botão de suporte.

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No geral, é difícil recomendar o game para quem não conhece bem o elenco ou para quem é fã de jogos de luta. A simplicidade do modo história e das mecânicas de batalha pode desapontar a maioria dos fãs de luta. Essa ressalva também pode dificultar a recomendação aos fãs dos personagens presentes no jogo, pois é fácil ficar enjoado jogando e o único motivo de continuar depois de terminar os Dream Duels é jogar a história para ganhar dinheiro para gastar com as ilustrações e amostras de voz. O preço na PS Store é de R$ 143,50 para a versão de PS3 e R$ 107,50 para a de PS Vita. Resumindo, a recomendação aqui é para os fãs das franquias do cross-over. Porém, é recomendável também esperar por uma promoção muito boa.

 

Conclusão:

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Gráficos: 7.5

Jogabilidade: 7.0

Som: 8.0

Minha Opinião: 7.5

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Total: 7.5

 

Pontos Positivos:

- Excelentes personagens.

- Dublagem original.

- Dream Duels.

- Sessão de “Extras” bem completa.

-A mecânica simples pode agradar aos jogadores mais casuais...

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Pontos Negativos:

-... mas desagradar aos admiradores do gênero.

-Modo história curto e sem-graça.

-Poucos personagens jogáveis.

-É um desperdício ter tantos bons personagens só no suporte.

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